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ESFERAS

   Com uma obra de grande força poética interior, de poderosa expressão linear, volumétrica e espacial, a artista Gabriela nos leva para a consciência de uma realidade cósmica de onde vem o artista para uma vida atemporal.

    Aprendemos a ver o mundo e o universo como um conjunto de formas, manchas e volumes. As obras da artista Gabriela Lombardi nesta exposição exploram sua fase atual de “Esferas”: globo, círculo, bola, ricas texturas incorporadas por pedacinhos de cristais ao seu trabalho meios do qual a artista dispõe e utiliza como veículo de liberdade e de espírito na criação.

Mali Frota Villas-Bôas

Historiadora e Crítica de Arte

          A exposição “Esferas” da artista plástica Gabriela Lombardi propicia ao espectador um diálogo intrínseco e instigante.As telas reproduzem estágios de evolução humana e espiritual e as cores, tonalidades de azuis e verdes, transmitem uma grande sensação de harmonia.

          O olhar, ora é levado a observar o céu, ora o mar,  e as esferas’ provocam a sua inserção dinâmica no cosmo, sua casualidade, sua exemplaridade, seu papel providente, e por essa via, junta-se aos símbolos da divindade, debruçada sobre a criação, cuja vida ela produz, regula e ordena’( Chas )

          O Universo, segundo Platão, possui a forma de esfera, por ser essa a mais conveniente e natural e o criador, torneou o mundo em forma de esfera, por estarem todas as suas extremidades a igual distancia do centro, a mais perfeita das formas e mais semelhante  a si mesmo, por acreditar que o semelhante é mil vezes mais belo que o não semelhante  Desta forma, o  espectador observa  universos dentro do seu universo, e pode questionar constantemente a ambivalência e os mistérios que vão além da compreensão humana.

          O azul, que é a mais profunda das cores, permite o mergulho do olhar, sem encontrar qualquer obstáculo, perdendo-se até o infinito.Imaterial em si mesmo o azul desmaterializa tudo que dele se impregna.É O CAMINHO DO INFINITO, ONDE O REAL SE TRANSFORMA EM IMAGINÁRIO, o caminho da divagação e quando escurece o caminho dos sonhos.Kandinski definia o azul, ao mesmo tempo como o afastamento do homem e  movimento dirigido unicamente para o seu centro que, no entanto, atrai o homem para o infinito e desperta-lhe um desejo de pureza e uma sede de sobrenatural.

          A cor verde, refrescante, tranqüilizadora e humana, produz o despertar das águas primordiais e o despertar da vida.Os alquimistas definem o verde como espírito vivo e luminoso, como um cristal translúcido, e na linguagem dos símbolos,o verde não é feito para fechar as portas, ma sim,para abri-las à reflexão, a imagem das profundezas e do destino.

          A artista plástica Gabriela Lombardi conseguiu através da união dessas simbologias, não somente despertar a procura pela espiritualidade, da evolução de um mundo mais harmônico, como também demonstra possuir o conhecimento técnico e estético  para equilibrar formas e cores.

 

 

Lúcia Maria de Carvalho Mendes

Diretora do Teatro Municipal de Itajaí – SC – 2007

Artista Plástica -Formada pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná.

Arte – Educadora e especialista em Educação.

Participa de exposições individuais e coletivas desde 1978, conquistando significativas premiações.

 

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Aurora

Acrílico sobre tela
Técnica mista em acrílico

Felicidade

Chuva

Técnica mista em acrílico

Esfera

Acrílico sobre tela